quarta-feira, 3 de julho de 2013

4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente etapa Região Hidrográfica 08 (RH 08)





Nos últimos dias 26 e 27 de junho realizou-se a 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente, etapa da Região Hidrográfica 8 (RH 8) que compreende os municípios da mesorregião da Grande Florianópolis incluindo também o município de Itapema com a finalidade de propor ações de melhorias ambientais a serem levadas para as etapas das conferências estadual e nacional.
O assunto proposto pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) este ano para a Conferência foi resíduos sólidos, dividido em temas como a produção e consumo sustentável, educação ambiental, geração de trabalho, emprego e renda e redução de impactos ambientais.
Na ocasião foi  realizada também a eleição dos delegados da RH 8  que representarão a região nas etapas seguintes, sendo eleito quatorze representantes  dos  segmentos da sociedade civil, empresarial e poder público possibilitando, portanto, haver troca  entre as distintas partes nos debates como por exemplo a  aproximação entre representantes de catadores e secretários de município, em situação de igualdade na busca de soluções para  problemas com  resíduos sólidos.
Ao total foram levantadas aproximadamente oitenta ações em assembleia, dentre as quais foram escolhidas apenas vinte, que melhor representam os assuntos debatidos.Seguem as açõespor ordem de prioridade:
1. Garantir recursos federais, estaduais e municipais para a Educação Ambiental formal e não formal, de forma direta e/ou vinculada, com percentuais previstos em lei, e em editais não específicos da área ambiental (cultura, esporte, turismo, saúde, entre outros), para a contratação de recursos humanos, infraestrutura, materiais pedagógicos e formação continuada, e outras ações pertinentes à Educação Ambiental.
2. Criar centros de gerenciamento, centro de triagem, usinas de tratamento de orgânicos, pontos de entrega voluntária, descentralizados, responsáveis pela transformação e valorização dos resíduos orgânicos nas cidades e centros produtivos agrícolas, destinando espaço público para a agricultura urbana e hortas comunitárias;
3. Aumentar o aporte de recursos do Governo Federal e Estadual para os municípios, revendo o modelo de transferência de recursos, estabelecido no âmbito da União, o qual está focado na captação de recursos a partir de projetos, substituindo-o por um modelo de transferência através dos fundos, ou seja, Fundo Nacional para os Fundos Estaduais e destes para os Fundos Municipais;
4. Implantar e implementar políticas municipais e estaduais de Educação Ambiental, considerando ampliação do quadro de educadores ambientais nos diversos setores relacionados à temática ambiental, reafirmando as políticas e programas já existentes.
5. Priorizar a discussão de projetos de lei, com participação social, que institua política nacional de estimulo a produção e consumo sustentáveis que contemplem a padronização da rotulagem, a avaliação do ciclo de vida dos produtos e certificação
6. Criar incentivos fiscais e tributários para a produção local (menor deslocamento), reciclagem em âmbito regional, fabricação e aquisição de equipamentos para a produção limpa, e produção e consumo sustentáveis em geral.
7. Criar legislação específica nas cidades para efetiva implantação da responsabilidade compartilhada dos domicílios, com exigência da separação de resíduos sólidos e orgânicos, bem como devolução dos produtos da logística reversa;
8. Abrir linhas de crédito para as prefeituras, destinados a compra de terrenos, infra-estruturas e equipamentos às associações e/ou cooperativas e mecanização da coleta seletiva, visando a modernização do sistema.
9. Implantar, a partir do governo do estado, modelo institucional de estrutura por meio de consórcio público intermunicipal para a gestão e manejo dos resíduos sólidos, tendo como base o plano de regionalização para a gestão dos Resíduos Sólidos;
10. Criar legislação específica que ofereça subsídios fiscais às empresas que utilizem na sua produção materiais recicláveis provenientes do sistemas de gestão de resíduos sólidos urbanos;
11. Promover formação continuada em EA nas diferentes escalas e diversas instituições.
12. Integrar redes entre os diferentes atores de EA nas diversas esferas.
13. Realizar diagnóstico em relação à comercialização de materiais recicláveis, estrutura existente para a as associações e/ou cooperativas e número de catadores envolvidos, por meio do governo estadual para a região da grande Florianópolis.
14. Criação da metodologia para o diagnóstico da EA nas diferentes escalas, considerando as questões políticas, normativas, competências, instituições, recursos, formação/capacitação, educação, participação dos segmentos sociais, conhecimento/informação, instrumentos.
15. Aplicar um percentual das verbas de comunicação de todos os entes e órgãos públicos para divulgar o conceito de sustentabilidade, a produção e consumo sustentáveis.
16. Definir subsídios para as associações e/ou cooperativas de catadores por tonelada triada.
17. Elaborar amplo programa com projetos específicos para geração de trabalho e renda com recicláveis.
18. Formação e requalificação de profissionais no desenvolvimento de produtos inovadores a partir de conceitos sustentáveis (eco design) e na recuperação e reparação de bens visando sua durabilidade, por meio da articulação entre poder publico, instituições de ensino e empresas.
19. Criar cooperativas de segundo grau para centralizar a comercialização dos materiais recicláveis diretamente à indústria.
20. Incentivar a adoção do A3P – Agenda Ambiental na Administração Pública – do Ministério do Meio Ambiente. 
Nos próximos dias 29 e 30 de agosto acontecerá em Florianópolis em local a ser definido, a etapa estadual da conferência e, de 24 a 27 de outubro, ocorrerá a etapa nacional em Brasília de onde serão definidas a ações.



Fonte: http://floripamanha.org/2013/06/4a-conferencia-regional-do-meio-ambiente-define-propostas-para-residuos-solidos/#sthash.gCXMkNCl.dpuf

Por: Grupo de Resíduos e Logística Reversa

Um comentário: