A capital dinamarquesa é a cidade
mais popular da Europa entre os ciclistas. São
350 km de ciclovias em uma cidade limpa e sem ladeiras, o que faz com que
37% das pessoas em Copenhague vão de bicicleta para o trabalho, escola ou
universidade. E eles têm preferência nos
cruzamentos e nos semáforos.
Até 2015, as autoridades de Copenhague esperam que 50% da população se
locomova de bicicleta.
Para conseguir isso, já há uma ponte que é
fechada para carros e planos para ampliar as ciclovias existentes. Também está
sendo estudada a criação de um pedágio urbano para desencorajar os motoristas
de carros.
A campanha
conta com o apoio do príncipe da Dinamarca, que também anda de bicicleta. "É
bom para o clima, mas também para manter a forma e evitar a obesidade, um outro
grave problema dos dias de hoje", diz o príncipe Frederik.
Pegando "carona" nessa ideia um hotel anunciou que passará a oferecer uma refeição
grátis a hóspedes que produzirem eletricidade por meio de uma bicicleta ligada
a um gerador.
O Crowne Plaza de Copenhague está
instalando duas destas bicicletas e diz que o objetivo é, ao mesmo tempo em que
promove a forma física dos hóspedes, reduzir suas “pegadas de carbono”
(quantidade de dióxido de carbono que produzem como resultado direto ou
indireto de uma atividade).
Hóspedes vão precisar produzir pelo menos 10
watts/hora de eletricidade, o equivalente a 15 minutos de pedalada de uma
pessoa medianamente em forma para ter direito à refeição.
A administração afirma que isso será o suficiente
para acender apenas poucas lâmpadas, mas a ideia principal é incentivar o
debate sobre o consumo de energia.
O hotel já produz energia renovável com 2500 m² de painéis solares.
A Dinamarca possui uma das
capitais do mundo mais adaptadas ao ciclismo e investe bastante em energias
renováveis, incluindo fazendas eólicas,
que geram um quinto da eletricidade que o país consome.
A Dinamarca anunciou que, até o final
desta década, produzirá um terço de sua energia a partir de fontes renováveis -
poder eólico, principalmente, mas também solar e queima de
"biomassa".
De forma
ainda mais ambiciosa, o governo dinamarquês tem como meta alimentar o país
inteiro com energia renovável até 2050, abandonando as fontes fósseis.
O que faz desse anúncio algo ainda mais
surpreendente é o fato de ele ter recebido o apoio de todo o espectro político do país.
Lykke Friis, por exemplo, e a líder do
oposicionista Partido Liberal, de centro-direita e orientação pró-negócios.
Para ela, a decisão de erradicar o uso de energia fóssil é uma questão de
planejamento financeiro.
Segundo Friis, "Independentemente do que
façamos, teremos um aumento no preço da energia, simplesmente porque as pessoas
na Índia e na China querem ter seus próprios carros", justifica. "É
por isso que temos a clara ambição de criar independência em relação aos
combustíveis fósseis - para não estarmos vulneráveis a grandes flutuações no
preço da energia."
Fonte: BBC
Bom texto. Acompanhar essa temática comparando os vários países e suas políticas públicas é fundamental. Na gestão Obama também há uma ênfase nas energias renováveis, visando mais autonomia em relação ao petróleo do Oriente Médio.
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