Um dos maiores setores do mundo,
também é um dos que mais agride o meio ambiente.
A Indústria da construção civil atinge uma fatia de 40% da economia mundial, isso sem dúvidas evidencia a força que esta indústria tem, influenciando não só a economia, mas também a sociedade e todo o meio ambiente. Essa força e abrangência do setor dificultam melhorias e quebra de paradigmas. Mesmo assim, qualquer melhoria e mudança já causam grandes impactos.
Atualmente este setor é um dos
maiores causadores de impactos ao meio ambiente. A construção de novos
edifícios, demolição de velhos e reformas promovem grande degradação ambiental
devido ao consumo excessivo de recursos naturais e geração de resíduos, na
construção de edifícios a um grande volume e diversidade de materiais
envolvidos.
- · Estima-se que a construção civil utiliza mais de 50% de tudo o que é extraído do meio ambiente, levando em conta a soma dos insumos utilizados, a execução da obra e suas operações ao longo do tempo.
- · Segundo o CBCS – Conselho Brasileiro de Construção Sustentável – os resíduos gerado no setor chega a ser duas vezes maior que o volume de lixos sólidos urbanos. O economista e mestre em tecnologia ambiental Elcio carelli, da empresa Obra Limpa, afirma que 60% dos resíduos produzidos nas cidades brasileiras tem origem na construção civil, “em São Paulo estima-se a geração de 17mil toneladas/dia, sendo apenas 30% da construção formal”.
- · Para a produção de uma tonelada do principal componente do cimento, 600kg de CO2 é lançado na atmosfera.
- · Um grande problema é o desperdício de matéria prima, em média 56% do cimento é perdido na execução da obra, 13%dos blocos, 44% da areai, e outros materiais são perdidos. Isso não é só ruim economicamente, mas também é como péssimo para o meio ambiente é como atear fogo nos nossos recursos naturais.
Apesar da alta resistência, com o
crescimento na preocupação com o meio ambiente, este setor também se viu
obrigado a controlar o uso desenfreado de recursos, e minimizar os impactos no
meio ambiente.
No
inicio dos anos 90 começaram a surgir diretrizes para normatização e
gerenciamento através do trabalho de instituições normalizadoras de diversos
países europeus. Por ocasião da Eco-92 foi apresentada a proposta de criação de
um grupo especial para estudar a elaboração de normas gestão ambiental, com o
intuito de serem internacionalmente reconhecidas. Em março de 1993 instalou-se
o ISO/TC-207, comitê técnico com a função de elaborar uma série de normas,
batizadas de série ISO 14.000.
A
ISO 14001 é um conjunto de normas, internacionalmente reconhecida, aplicável a
empresas que querem “evoluir”, são normas de boa pratica ambiental, que
certifica empresas que estão preocupadas e praticam ações que degradam da menor
forma possível e preservam o meio ambiente. São normas que buscam o equilíbrio
entre rentabilidade e Redução do Impacto ambiental nas organizações.
Saiba mais sobre a ISO14001:
O que deveria
ser feito:
1-
Redução do consumo de energia.
2-
Redução do consumo de água.
3-
Aumento da absorção da água de chuva e minimizando seu envio às redes
públicas ou vias
públicas.
4-
Redução do volume de lixo ou possibilidade de facilitar a sua reciclagem.
5-
Facilidade de limpeza e manutenção.
6-
Utilização de materiais reciclados.
7-
Aumento da durabilidade do edifício e a possibilidade de modernização e seu
reuso após o
término de sua vida útil.
Mas
ainda são poucas as empresas preocupadas com esta causa, e ai deveríamos ter
uma participação bem maior dos órgãos responsáveis pelo meio ambiente. A FATMA
não só deveria expedir licenças como também exigir algumas medidas de
preservação do ambiente. Não basta só “não agredir muito” aquele espaço, os
resíduos produzidos ali, que se é produzido ali, e o seu funcionamento deve ser
investigado, e a busca de medidas para minimizar os pactos deve ser feita,
alias deveria ser exigida!
Adotar
ou não uma norma de qualidade é opcional, deveria ser uma exigência. Mas,
vejamos bem, como pode os nossos órgãos tão pequenos, tão singelos dar conta
dessa indústria gigantes?! Esta na hora dos governantes perceberem que é de
extrema importância aumentar o poder dos órgãos regulamentadores e
fiscalizadores, aumentar a autonomia, aumentar os investimentos em estrutura e
pessoal, e colocar essa galera pelo brasil a fora exigindo e aplicando normas
para garantir o menor pacto ao ambiente por este setor. Ou daqui a pouco o
nosso pais não vai ser reconhecido apenas por belos morros como o Pão de
açúcar, mas também morros de entulho.
Referências:
O Verdadeiro Impacto da Construção Civil. Disponível em <http://www.divisiengenharia.com.br/site/os-verdadeiros-impactos-da-construcao-civil/>
Acesso em 16/06/2013
Beltrame, Eduardo de Sousa. Meio ambiente na Construção civil.
Disponível em < http://www.eduardo.floripa.com.br/download/Artigo_meio_ambiente.pdf.
Acesso em 16/06/2013
Oliveira,
Douglas. O Impacto Ambiental gerado em
um Canteiro de Obra. Disponível em <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAd04AF/impactos-ambientais-gerados-canteiro-obras> Acesso em
1606/2013
Fraga, M. Impactos ambientais da Construção Civil.
Disponível em <http://seumeioambiente.blogspot.com.br/2008/07/impactos-ambientais-da-construo-civil.html>
Acesso em 16/062013
O
que é ISO14001.
Disponível em <http://www.bsibrasil.com.br/documentos/What_is_14KBR.pdf>.
Acesso em 16/06/2013
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